domingo, 27 de novembro de 2011

Tecnocracia não é a solução e Berlusconi não era o problema

Os juros da dívida de Espanha e de Itália escalaram para novos máximos, estando as obrigações italianas a cinco e a dois anos já próximas dos 8%.
No dia em que Itália quase duplicou as taxas de juro pagas numa emissão de dívida da curto prazo, para 6,5% numa emissão a seis meses, os investidores voltaram a exigir juros recorde pelas transacções nos mercados de revenda de dívida.

Qual terá sido a causa? O Público explica:
Isto no dia em que se soube, através do Governo de Itália, que a chanceler alemã, Angela Merkel, e o Presidente francês, Nicolas Sarkozy, lembraram ontem ao primeiro-ministro italiano, Mario Monti, que um eventual colapso de Itália na zona euro significaria o fim da moeda única.

A decepção sobre os resultados da minicimeira de quinta-feira entre os chefes de Governo da Alemanha, de França e de Itália, foi hoje reflectida no aumento do custo do financiamento tanto de Itália como de Espanha.

Depois de alguma imprensa ter vindo culpar Berlusconi pela subida dos juros, e do Merkozy ter publicamente duvidado de Berlusconi, parece que afinal, não era a descrença no ex-Primeiro Ministro Italiano que assustava os mercados. De tal modo, que Mario Monti não melhorou nada:
Os mercados parecem ter pouca ou nenhuma confiança no Primeiro-Ministro de Itália, o tecnocrata Mario Monti.
Gavin Hewitt, editor sobre a Europa na BBC

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